camel azul cor de céu
quinta-feira, 31 de março.
deste ano mesmo.
deste ano mesmo.
de todos, são os dois que me deixam mais à vontade.
os maus hábitos,
à esquerda de quem desce.
o coliseu,
à esquerda de quem sobe.
à esquerda de quem desce.
o coliseu,
à esquerda de quem sobe.
(se algum dia estas páginas forem relevantes, saibam que lá, depois da meia noite, o fino custava dois paus!)
jantei pizza no quarto andar do prédio art deco e assim que virou meia noite, já subia as escadarias tons grafite do coliseu. se chegar perto, dá pra ver as marcas de cigarros que foram e vão sendo abandonados por ali.
aliás, eu ainda não entendi como aqueles portões se fecham e de certeza que algum serralheiro pagou o alto preço de cada pormenor desenhado.
-quer fazer parte dos amigos do coliseu? -a voz vem da cave.
-e já não somos grandes amigos, passos? -uma cave um bocado atrevida, parecia-me até banco a oferecer-me vantagens no cartão de crédito.
-oh! é que vê lá, você ainda é nova por aqui. dá-me aqui sua identificação, sff.
(data de nascimento
29 de abril de 1996)
29 de abril de 1996)
-os amigos chegaram você acabava de nascer, foi mesmo na época do incêndio.
-então quer dizer que você é mais um que ardeu por aqui também?
-começou por volta das três da manhã, em setembro, depois de uma disputa assídua com o reino de deus, aquilo parecia o céu.
[o céu
da boca
do inferno.]
-boatos que foi ‘abandono inadvertido de um cigarro’ atrás do palco.
não me lembro se algum dia alguém já me advertiu ao abandono, mas já me advertiram a parar de fumar.
não me lembro se algum dia alguém já me advertiu ao abandono, mas já me advertiram a parar de fumar.
-e os seus amigos? o que fizeram?
-o que fazem até hoje: resistem.